BRAIN: 2014, o fim de uma era e o começo de uma nova fase.
O ano de 2014 foi marcado pelo fim de nossa parceria de trabalho com a Vanguart e o começo de nossa trajetória com a Balaclava Records, com as incríveis e super divertidas turnês do Mac DeMarco, Sebadoh, Real Estate; sem falar na viagem com o Real Estate para o festival Music Wins na Argentina, além de continuar intensificando os shows da The Baggios, Coutto Orchestra, e ainda Héloa, Marcelo Gross (Cachorro Grande), Stela Campos. Foi um ano absurdamente cheio de realizações, quase impossível condensar tudo num post só. Mas acho que conseguimos criar um bom resumo de tudo o que aconteceu naquele ano mágico.
Os shows do Vanguart continuaram com a turnê de prmoção do álbum "Muito Mais Que O Amor", que passou por muitas cidades do interior de São Paulo, por Minas Gerais e também pelo Nordeste e Norte do Brasil. Mas com a parceria com a Balaclava ganhando força cada vez maior e a demanda dos shows internacionais começando a se intensificar, nós conversamos: Eu, Hélio e Reginaldo. Na hora, fiquei surpreso, porque achava que mesmo com as outras coisas ficando cada vez maiores, achava que conseguiria realizando tudo, como antes, mas hoje vejo que foi o melhor caminho. Nós havíamos trabalhado juntos de 2006 a 2014, havíamos conquistado tudo o que era possível, ido em todos os lugares possíveis, tocamos nos shows mais legais, divindido o palco e abrindo shows para bandas super maravilhosas como The Hives, Coldplay, Snow Patrol, Pearl Jam, Kaiser Chiefs, The Jesus and Mary Chain, Melvins, Bloc Party, Offspring, Hot Chip, Major Lazer, Foals, Bat For Lashes, The Plasticines, e tantos outros. Foi o momento perfeito e só posso agradecer ao meu querido irmão Hélio Flanders, por tanta cumplicidade e confiança, o Hélio inclusive falou esses dias sobre como foram aqueles anos:
A minha experiência com a Brain Productions, Vanguart e solo, é indissociável da figura do Bruno Montalvão. Sempre tive a sensação de estar trabalhando em casa, e estávamos mesmo. Um amigo, irmão, conselheiro, onde nossas histórias se aliavam na busca pelo mais bonito: a paixão pela música e pelas amizades. Uma passagem de som, uma entrevista, uma visita à emissoras de TV, em todas essas ações iam se formando encontros afetivos pelo caminho, e eu nunca consegui ver uma carreira artística sem isso. Os meus anos ao lado da Brain foram de muita alegria, conquistas e confiança profunda, e tudo isso sempre esteve escancarado em nossos sorrisos e abraços. Felicidades pelo 10 anos, Bruno! Que você siga enchendo de amor tudo o que você toca. Viva!
É isso! VIVA A VIDA, e Viva o Amor! Obrigado demais por tudo meu querido Hélio e todos do Vanguart, aprendi absurdamente com cada um de vocês, principalmente sobre o AMOR e a cumplicidade na estrada e no dia a dia.
Mas a vida seguiu, e alguns meses depois já iríamos receber o incrível Mac DeMarco, pela primeira vez no Brasil, era o primeiro show de nossa parceria com a Balaclava Records, estávamos planejando isso já há uns seis meses, e a ansiedade era gostosa de sentir naquele momento. Quando o Mac DeMarco chegou, para a nossa grata surpresa, se mostrou uma das pessoas mais doces que já conheci em todo o mundo, não só ele como toda sua banda… O que falar do Piter Sugar, que já tem doce no nome? O baterista Joey e o baixista Pierce McGarry não ficavam para trás, não podíamos ter escolhido melhor artista para abrir essa parceria. A Balaclava acertou em cheio quando sugeriu o DeMarco, e nós executamos os shows da melhor maneira possível. Com todo o amor que eles mereciam receber, tanto de nós, quanto dos fãs do Brasil.
Quando fomos gravar a música para a NOISEY foi muito divertido, havíamos apostado que ninguém iria parar para ver o Mac tocando, ele havia dito isso (até disse no vídeo) e ganhou a aposta, tive que pagar um méqui duplo para ele depois disso.
Nesse mesmo dia, ainda levamos o Mac, Piter, Joey e Pierce para almoçar e provar da nossa comida típica. Escolhemos o restaurante Peixaria, na Vila Madalena, ele amou a nossa culinária e principalmente a nossa pimenta. Provou diversos tipos de peixe, bebeu cachaça, tomou cerveja, comeu coxinha e no final provou um cafezinho brasileiro feito no coador.
Os shows do Mac DeMarco em São Paulo estavam SOLD OUT, os ingressos haviam esgotado em poucas horas e estavam sendo disputados à tapas, muita gente ficou de fora, inclusive amigos nossos. Um dia antes dos shows de São Paulo, Mac DeMarco se apresentou numa festa da revista VOID, no Rio de Janeiro e um dia depois, ele se apresentou em Porto Alegre. Foram 04 shows super lotados e com todos os ingressos esgotados, na primeira vinda dele ao Brasil.
Depois do primeiro show em São Paulo, o Mac estava morrendo de fome e já era um pouco tarde para irmos à um restaurante, mas lembramos do infalível Estadão. Levamos ele na lanchonete mais famosa do centro de São Paulo e o match foi perfeito, ele AMOU à primeira mordida o sanduíche de pernil de lá. Que virou um hit, tanto que no dia seguinte ele pediu para voltar para provar de novo da iguaria brasileira. Ele Ama tanto o sanduíche de pernil do Estadão que, em 2018, no show que ele faria no Lollapalooza (3º vez dele no Brasil e já bem famoso mundialmente), Mac ofereceu uma música para o sanduíche de pernil do Estadão.
Quando eles voltaram de Porto Alegre, ainda deu tempo de realizarmos o último almoço com Mac DeMarco, sua banda e a empresária dele, nossa querida amiga e parceira, Michelle Cable (da Panache Booking) no restaurante Peixaria, na Vila Madalena. Esse é outro lugar de São Paulo que o Mac DeMarco adora e faz questão de ir sempre que vem ao Brasil.
A turnê seguinte que realizaríamos seria a da ícônica banda norte-americana SEBADOH. Não preciso nem dizer que era outro sonho sendo realizado, esse para mim era maior ainda, porque Sebadoh era uma banda que eu escutava desde os anos 90 e uma das minhas bandas preferidas em todos os tempos. A ansiedade batia só de imaginar que estaríamos viajando juntos por 12 dias e realizando uma turnê de 09 shows com eles pelo Brasil, mais isso acabou aumentando com o decorrer dos dias, porque rolaram sessions, shows-extra e até a gravação de um videoclipe, que foi dirigido pelo mago das lentes, Ricardo Spencer.
Tivemos um pequeno problema com o passaporte do Lou Barlow, e quase que não deu tempo, conseguimos tirar o passaporte dele em manos de uma semana, o que foi um recorde ainda não superado. Um verdadeiro milagre, eu diria. Mas ele chegou, atrasado, mas chegou. A tour estava salva e seria insana!
Assim que o Lou chegou, fomos para o restaurante SOTERO, do irmão do Spencer, o chef Rafael Spencer. Lá, eles provaram a típica comida baiana e ficaram deliciados, bebemos caipirinhas e muitas cachaças legais, até uma chamada Dedo de Moça.
Os shows em São Paulo iriam abrir a turnê e os ingressos estavam esgotados para os dois dias (um domingo e uma segunda), a choperia do SESC Pompeia estava lotada nas duas noites, foi um acontecimento com público de diversas gerações, desde os anos 90 até os anos 2000 e além. Eles tocaram mais de 30 músicas em cada noite/set. Sobre o show em São Paulo, o jornalista Lucio Ribeiro fez uma crítica muito engraçada que vocês podem conferir na internet. Apesar de que prefiro mil vezes a crítica feito pelo jornalista Pedro Antunes, para a Rolling Stone Brasil:
“License to Confuse”, “Ocean” e “The Freed Pig” vieram para atender aos pedidos dos fãs e receberam uma resposta bastante positiva do público na Choperia. “Normalmente, tocamos por três horas, então isso é esquisito para a gente”, disse Barlow ao anunciar que a performance estava chegando ao fim após uma hora e meia. “New Worship” e “Brand New Love” encerraram as atividades às 20h45. Mas como as luzes não se acenderam totalmente, o público esperou. (Pedro Antunes, Rolling Stone Brasil, 20/04/2014)
Os shows no SESC Pompeia foram absurdamente divertidos e facéis de realizar, como sempre, o tratamento e a organização lá são de primeira e é um dos melhores palcos do mundo, com certeza. No camarim, eu e Spencer ficamos preparando caipirinhas para a banda, mas o Lou resolver arriscar uma cachaça pura para se soltar pro show, ele havia comido pouco nesse dia, e durante o show continuou bebendo e depois bebeu ainda mais, o resultado foi catastrófico. Ele ficou completamente bêbado, e quando chegou no hotel deu um pt sinistro, encontrei ele no quarto com a porta aberta, caído metade na cama e metade no chão, parecia um boneco de pano esparramado, de tão torto que estava. Nessa entrevista que eles deram pro site do Red Bull Station ele relembra como foi:
Mas você estava sóbrio ontem, Lou? Não disfarçou muito bem…
Lou: [Risos] Ontem eu bebi um pouquinho antes do show, mas depois eu capotei. Minha mente foi obliterada. Do nada, meu corpo parou de funcionar. Foi tipo: “Bang, hora de ir para a cama”. Eu estava tomando aquela bebida… Como se chama, cacheiza?
Cachaça.
Lou: Isso, cachaça. Na noite anterior eu tinha tomado dois shots durante o jantar e foi legal. Mas ontem eu tomei uma dose antes de subir ao palco, para me soltar, só que comecei a mandar uma atrás da outra depois do show e perdi a mão.
Jason: Cachaça desce muito fácil, por isso não é tão simples manter o controle.
Imaginei que você estaria vacinado, Lou. Não foi a sua primeira vez com cachaça.
Lou: Eu deveria estar vacinado. Das vezes anteriores eu fui mais esperto. Ontem fui simplesmente estúpido. Eu estava há umas oito horas sem comer e mandei mal. Com essa idade e ainda cometo esse tipo de erro… É constrangedor.
Jason: De fato, Lou, foi muito constrangedor [risos].
No dia seguinte ao show no Sesc Pompeia, realizamos uma show do Single Parents na querida Casa do Mancha, e o pessoal do Sebadoh (que estava lá para conferir a banda do Dotta e Farah) fizeram um show surpresa de última hora, totalmente secreto, que não estava programado. O set foi curto, mas eles tocaram algumas junto com o Single Parents e depois sozinhos. Foi histórico para quem estava lá naquela noite, quem não foi se arrepende até hoje. Que foi nunca mais vai esquecer daquela vibe apoteótica e caótica. Sem falar no caor absurdo, porque a "casinha" estava absurdamente lotada, com quase 200 pessoas presentes.
Então a tour partiu para o Rio de Janeiro, e a noite que aconteceu no Circo Voador teve abertura do Single Parents, depois tocou o John Candy e por último, para fechar com chave de ouro, veio o Sebadoh. O público carioca estava quente naquela noite e entoou as mais de 30 canções que a banda apresentou num set avassalador. Uma coisa merecia destaque, o Lou trocava o set a cada noite, não havia um show igual a outro.
Do Rio, a banda seguiu para Recife e fez um show absurdo no festival Abril Pro Rock, deixando o público boquiaberto com a sequ6encia matadora de hits e singles. Foi um acontecimento no Nordeste, centenas de fãs indie de todas as partes estavam esperando a banda e saíram de lá extasiados. De Recife, nós seguimos de volta para São Paulo e do aeroporto já embarcamos num micro-ônibus e seguimos direto para Cataguases, interior de Minas gerais.
Sobre o show em Cataguases, que foi organizado pelo querido parceiro Fausto Menta, o Lou Barlow respondeu numa entrevista ao site Último Segundo (IG), antes de chegar ao Brasil e citou a cidade:
iG: O que você pretende conhecer por aqui dessa vez?
Lou Barlow: Estou ansioso para sair das grandes cidades. Temos um show em Cataguases (interior de Minas Gerais), iremos de van até lá. Essa será uma experiência nova para mim no Brasil, de andar dentro do País e sair das grandes cidades. Lugares como São Paulo, onde estou agora, eu vejo bastante quando viajo por causa das turnês. Quero ver o que rola fora. Grandes cidades eu já sei como funcionam.
Fonte: Último Segundo — iG @ https://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/musica/2014-04-21/sebadoh-inicia-turne-pelo-brasil-leia-entrevista-com-lou-barlow-lider-do-grupo.html
O show em Cataguases foi um acontecimento para a cidade, e para a banda também, eles estavam muito felizes em poder se apresentar numa cidade pequena do interior, que não fosse uma capital, ou grande centro do Brasil. Estavam muitos felizes em tocar numa cidade dentro do Brasil, sem falar na viagem, pois puderam conhecer um pouco mais do nosso país viajando na parte terrestre do roteiro da turnê. Eles deram entrevista, caminharam pela cidade, interagiram com os fãs, no dia seguinte era dayoff e fomos dar um passeio surreal numa cachoeira, com direito à maravilhosa cozinha mineira como anfitriã. Acho que Cataguases nunca mais esquecerá esse dia, nem nós!
Para fechar a turnê ainda rolou um show histórico em Maringá, onde desceu uma galera indie de todo o Paraná (e também do interior de São paulo e de Santa catarina) e a casa de shows estava super lotada para vê-los. Foi o local perfeito para fechar a turnê, onde eles encontraram um público absurdo e sedento por indie rock dos anos 90, havia nostalgia e nitroglicerina no ar, dava pra sentir o suor e as faíscas de amor puro estalando no ar. O show em Maringá foi perfeito, eles tocaram por cerca de 2h e meia, enlouquecendo os fãs com a sequência de hits.
Aqui segue o post que fiz no meu perfil no facebook, no final da turnê, para agradecer a todos que participaram e colaboraram no sucesso da jornada de 12 dias:
AGRADECER…
A todo mundo que nos ajudou nessa turnê maravilhosa do Sebadoh. Tudo deu certo e correu perfeitamente bem. 12 dias, 09 shows (06 oficiais + 02 extra-dates + 01 Lou Barlow — solo), 01 session especial e 01 video-clipe. Quem poderia imaginar isso? Nem no melhor sonho indie lo-fi dos anos 90, eu poderia imaginar isso, quando tudo era tão distante e impalpável, etéreo.
Gostaria de agradecer a todo mundo que nos ajudou, que somou, colaborou, cedeu seu tempo, suor e trabalho para realizar esse sonho lindo que foi a turnê SEBADOH — Defend Yourself Brazil Tour. Para sempre, Inesquecivel!!!
São muitos nomes, são muitos amigos, detesto cometer falhas e esquecer de alguém, mas sobre essa turnê, e realmente gostaria de tentar ser justo com cada amigo que colaborou e somou e agradecer de CORAÇÃO a cada um deles… Se esquecer de alguém, somo depois, me corrijam!!!
Em Primeiro Lugar: Fernando Dotta e Rafael Farah, sem a força, a parceria total e a energia de vocês, nada disso teria acontecido!! A estrada de vocês é longa, caras! Aproveitem o caminho e as paisagens que ainda virão…
Agradecer Lou Barlow / Jason Loewenstein / Bob D’Amico — por todo o AMOR, por toda a colaboração, por nenhuma reclamação de nada — ao contrário, só agradecimentos e mais amor. Que caras, que banda!!
Agradecer, por fim, a nossa equipe técnica e aos nossos AMIGOS/PARCEIROS que vieram somar e realizar esse sonho junto: Ricardo Spencer, Andre Peniche, Zeek Underwood, Martim Nogueira Batista, Fausto Menta, Bernardo Pacheco, André Tayar, Calil Barros, Mancha Leonel, Highlight Sounds, Francine Ramos, Igor Cruz, Wagner Castro, Devanilson Furlan, Tatiana Guimarães, Tatiana Wan, Dani, Ota e Patesch (Red Bull Station), Dani Hasse, Rafael Spencer, Nivans Locadora (Chiquinho, Wagner, Nilton, Helcio e todos os motoras), Roni Silva, Tatiana Guimarães e Vinicius Leal (The John Candy), Paulo Andre Moraes, Guilherme Moura, Isadora, Brigidio e todo mundo do Festival Abril Pro Rock, Mariana Betoni, Edu Lima, Eugenio Vieira, Rita Oliva, Zelino Lanfranchi (Taian Cavalca Diniz Hafa Bulleto e Julito Cavalcante) e todos do Cabana Café, Rodrigo Toledo (mago da luz), Lirinha Morini, Cyntia Mayra Castro, Silvia Rodrigues, Christina Maria Müller…
Meu Deus é tanta gente… espero não ter esquecido ninguém.
OBRIGADO DE CORAÇÃO… vocês foram FODA!
E na volta para São Paulo, rolou o show solo do Lou Barlow, no saudoso Red Bull Station, onde também gravamos uma session com eles no estúdio de lá. No dia seguinte, ainda encontramos forças para gravar um videoclipe, que foi dirigido por Ricardo Spencer, que além de ser um diretor super premiado (hoje ele dirige novelas e minisséries na Rede Globo), era fã confesso da banda. Gravamos o clipe no Copan e, até onde sei, o material ainda continua inédito até hoje.
Tem uma entrevista que o Dotta e o Farah deram para o Floga-Se que vale ser destacada, clique para ler. Ela conta diversos detalhes de como foram as tunês com o Mac DeMarco e o Sebadoh, na visão deles, e vale muito a pena como aprendizado e para quem quiser saber como e produzir shows de um artista internacional.
Depois da turnê do Sebadoh, ainda extasiado com o sucesso de duas turnês internacionais seguidas, nos envolvemos nos shows de lançamento da banda Coutto Orchestra, que vinha para São Paulo apresentar sua turnê Eletro Funfarra, que passou pelo projeto Prata da Casa, no Sesc Pompeia, além de outras apresentações em São Carlos e duas datas-extra em São Paulo. Também realizamos o show de lançamento do álbum "Dumbo", da cantora Stella Campos, que aconteceu no teatro do SESC Consolação.
Em Agosto de 2014, a clássica banda Dinosaur Jr veio ao Brasil para um show especial dentro de um projeto da Converse, e o Single Parents abriu esse show, que ainda teve a banda canadense Fucked Up e a brasileira Churrasco Elétrico. À convite do Lou, fui ao camarim conhecer os colegas dele, nada menos que o Muprh (baterista) e a lenda J. Mascis (guitarrista e fundador da banda). Dispensa comentários, foi uma celebração ao indie noise extremo, todos nós amamos Dinosaur Jr (clique e leia como foi o show).
Em Setembro, realizamos a primeira Noite Sergipana (evento criado pela BRAIN Productions Booking, que visava unir artistas de Sergipe) e assim, apresentamos os shows de Coutto Orchestra e The Baggios no palco do CCSP. Iríamos repetir essa dobradinha mais uma vez no começo de 2015, na Mostra Prata da Casa do SESC Pompeia (visto que ambas as bandas também fizeram shows nesse projeto em 2014 e obteram sucesso, tanto que voltariam juntos em 2015).
No dia seguinte, a banda Coutto Orchestra foi para a cidade de São Carlos e se apresentou para um grande público no incrível Festival Contato, que era organizado pelo Ricardo Rodrigues, atual manager da cantora Liniker e um dos donos da agência de shows Let's Gig.
Depois dos shows com a Coutto Orchestra foi a vez de reecontrar a The Baggios e dar início ao Circuito Cultural Paulista, que passou por 06 cidades, incluindo Lorena, Jaguariúna, Martinópolis, Ourinhos, São Bento do Sapucaí etc. Foi muito legal poder fazer shows na sequência assim com eles e poder solifificar as primeiras turnês com a banda pelo sudeste, principalmente no interior paulistano, onde eles começaram a construir um novo público, ainda divulgando seu álbum "Sina", lançado em 2012.
Emendamos uma segunda etapa do Circuito Cultural Paulista, dessa vez com a Coutto Orchestra, passando por outras 06 cidades, como Santa Cruz do Rio Pardo, Piraju, etc. Ainda em Setembro, realizamos shows num evento da Jack Daniels, no antigo Aeroanta (hoje Z — Largo do Batata), com The Baggios, Vanguart e Marcelo Gross (lançando seu primeiro disco solo).
Enfim chegou a vez do Real Estate no Brasil! Um turnê curta, com 03 shows:
Nov 20 — Beco 203, São Paulo http://bit.ly/ZsAnw4
Nov 21 — Beco 203, Porto Alegre http://bit.ly/1uCiiZa
Nov 23 — Circo Voador, Rio de Janeiro
Os shows no Brasil foram insanos, a banda ficou absurdamente feliz com o resultado e nós também. Em São Paulo, o Beco 2023 (local do show) estava completamente lotado, foi uma celebração. Na noite seguinte eles tocaram em Porto Alegre, fechando a turnê brasileira com uma apresentação no Circo Voador, no Rio de Janeiro. Fecharíamos a terceira turnê internacional em apenas um ano fora do Brasil.
Depois dos shows no Brasil, seguimos com a banda para Buenos Aires (Eu e Dotta), onde eles foram tocar no festival dos meus amigos Ale Ban (Ban Bang! Produciones) e José (Indie Folks). Era um festival de médio porte, mas com um lineup poderoso, que contava com nomes como Tame Impala, Mogwai, Four Tet, Floating Points, Metronomy, Beach Fossils, Yan Tiersen e os locais Juana Molina, Los Alamos, Les Mentettes, entre outros (poster abaixo).
escrevi na época uma matéria grande falando sobre como foi o Music Wins, saiu no Monkeybuzz.
Fechamos o ano de 2014 com as apresentações da banda Coutto Orchestra na feira de música Sim São Paulo, onde a banda se destacou, abaixo um detalhe da entrevista deles para a MTV Brasil. Foi um ano de muita intensidade, e repleto de realizações inesquecíveis, difícil condensar tudo aqui, mas acho que deu para entender um pouco de tudo o que vivemos naquele 2014 mágico.