BRAIN: 2015, mais shows e turnês internacionais, KEXP, Estados Unidos, México.

BRAIN Productions Booking
16 min readMay 21, 2020

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Mac DeMarco e Eu, em Belém, Pará.

O ano de 2015 foi super incrível, cheio de viagens internacionais e shows de artistas gringos como Mac De Marco, Allah Las, Tycho, além das turnês internacionais do Quarto Negro, que se apresentou na KEXP e cruzou toda a Costa Oeste dos Estados Unidos, abrindo os shows para a banda The Helio Sequence (da Sub Pop), por lugares clássicos como Neptune Theatre (Seattle), The Independent (San Francisco), Roxy Theatre (Los Angeles), Crescent Ballroom (Phoenix), The Casbah (San Diego) entre outros. The Baggios e Coutto Orchestra na Mostra Prata da Casa, marcando a ascensão da música sergipana. A primeira turnê internacional da The Baggios, pelo México. E o histórico show de 25 Anos da minha banda do coração: PIN UPS!! Zero dúvidas, de que o ano de 2015 foi mais um marco de brilhantes conquistas para a Brain Productions Booking.

minhas 3 labels brasileiras preferidas nessa foto: a minha (Brain Productions) e as dos meus amigos e irmãos: midsummer madness e Balaclava Records (foto no Sesc Pompeia).

Depois de férias extensas em Aracaju, descansando do ano absurdo que tivemos em 2014, a sequência de shows de 2015 começou em Março com a volta de The Baggios e Coutto Orchestra, mais uma vez juntos no palco, só que dessa vez no projeto Mostra Prata da Casa, no SESC Pompeia (que repetia os melhores shows em 2014). Foi incrível realizar esse shows, porque era o começo da consagração da cena sergipana. Nosso plano de inserir Sergipe no mapa da música brasileira estava começando a dar certo. Algo que começamos em 1998, com o ROCK-SE, e só estava prestes a se concretizar em 2015. O caminho foi construído tijolo a tijolo, mas valeu muito a pena, pois pavimentamos uma estrada bem bonita e duradoura.

flyer de divulgação do show no projeto Mostra Prata da Casa.
três momentos do encontro de The Baggios e Coutto Orchestra: ainda em Aracaju, embarcando para São Paulo. Julio e Alemão no palco do Pompeia, e a reunião para o ensaio técnico que aconteceu um dia antes do show.

O Primeiro show internacional que realizamos em 2015, junto com a Balaclava Records, foi da banda californiana Allah Las. A Rolling Stone adiantou sobre a passagem deles num matéria linda, que falava sobre os shows que a banda iria realizar por aqui. Essa turnê foi um marco porque eles tinham uma ligação muito intensa e profunda com o Brasil, o baterista / percussionista, Matt Correa, tem ligações familiares com o Brasil. Além disso, todos os integrantes da banda são muito interessados na nossa cultura e profundos admiradores da música brasileira.

Show do Allah Las no SESC Pompeia, em São Paulo, com ingressos esgotados.

A banda se apresentou em São Paulo para uma choperia super lotada, no SESC Pompeia. No dia seguinte seguiu para o Festival Bananada, em Goiânia, onde tocou para um público absurdo também, ainda maior do que em São Paulo. Depois foi a vez de Porto Alegre, e ainda rolou um show-extra, de surpresa na loja VOID, no Rio de Janeiro. A passagem deles pelo Brasil foi meteórica, mas deixa saudades até hoje. A banda já revelou várias vezes que pretende voltar ao Brasil para realizar mais shows.

Allah Las no Rio de Janeiro, tocando no dia da abertura do Campeonato Mundial de Surf // Ao lado, eu e Spencer Dunham (baixista da banda).
fotos esclusivas da festa de despedida em São Paulo, após o show no Rio de Janeiro, e o meu LP autógrafado por eles.

Uma entrevista de 2019, que o baterista/percussionista Matt Correa deu para a Jovem Pan, revela todo o amor da banda ao Brasil:

A banda californiana Allah-Las se prepara para lançar o quarto álbum da carreira, “LAHS”. O disco vem com várias novidades, inclusive músicas com letras em três línguas diferentes, com o português entre elas.

“Somos muito influenciados por músicas de todos os lugares do mundo e queríamos expressar isso”, explicou o percussionista Matt Correia em entrevista à Jovem Pan.

Um pouco de tempo depois, e estávamos realizando uma data única com o produtor, cantor e multinstrumentista norte-americano Tycho. O local do show foi o Beco 203, em São Paulo e, mais uma vez, estava completamente lotado de fãs sedentos pelo synth rock eletrônico do Tycho. Um show perfeito em todos os sentidos, desde sua concepção minimalista até à lojinha de merchandising do Artista, repleta de produtos inéditos. Um deleite para qualquer fã antigo, ou novo. Mais um show inesquecível e totalmente bola dentro da parceria com a Balaclava Records.

Tycho no palco, tocando pela primeira vez no Brasil e detalhes da lojinha de merchandising sendo montada ainda, durante o soundcheck.

Depois do Tycho, veio o show da The Baggios na Virada Cultural Paulista, em Campinas. Eles abriram para a banda Titãs, e tocaram para uma audiência enorme. Consolidando ainda mais o nome da banda na cidade, onde eles tem muitos fãs. Além do que, foi uma bela oportunidade poder dividir o palco com uma banda tão consagrada como os Titãs.

No dia 31 de Maio, a The Baggios tocou antes dos Titãs na Virada Cultural 2015, em Campinas.

Em Julho de 2015, embarquei para o que seria a nossa primeira turnê internacional para valer e, ao mesmo tempo, a realização de diversos sonhos ao mesmo tempo, como levar um artista da BRAIN Productions Booking para se apresentar na KEXP (famosa e cultuada rádio de Seattle), onde a Quarto Negro gravou sua session, que foi noticiada pelo site TMDQA. Além da KEXP, a banda passou por lugares clássicos como Neptune Theater (Seattle), The Independent (San Francisco), Roxy Theatre (Los Angeles), Crescent Ballroom (Phoenix), The Casbah (San Diego) entre outros.

Passagem de Seattle para Portand, onde iríamos encontrar o pessoal da banda The Helio Sequence, para começar a turnê da Quarto Negro com eles, pela costa oeste dos Estados Unidos.

Cheguei em Portland e a banda já estava lá, ensaiando na casa do Haven Mutlz-Matthews, o baterista norte-americano que iria nos acompanhar na turnê pelos Estados Unidos, a ele se juntou também o baixista Cole D'Zice (do Reptaliens, banda que agenciamos na América Latina). Do Brasil, haviam os integrantes originais Edu Praça (voz, guitarra) e Thiago Klein (teclados), além do músico convidado para a segunda guitarra, Lucas Villela, que também toca na EATNMPTD.

O primeiro show seria em Seattle, e como tínhamos a gravação na KEXP logo cedo, resolvemos sair de Portland no dia anterior ao show, para não ter nenhum tipo de problema na viagem ou na estrada. Chegamos em Seattle e buscamos um hotel para a parte brasileira da banda ficar, os dois músicos norte-americanos foram dormir em casa de amigos deles na cidade. Portland e Seattle ficam a quatro horas de carro, são cidades praticamente vizinhas, apesar de estarem em Estados diferentes.

passeando por Portland e antes do show em Seattle, dando um trato no vidro da nossa van, depois da viagem de Portland para Seattle.

Na manhã seguinte, acordamos por volta das seis da manhã, pois tínhamos que estar na rádio para gravar a session da KEXP por volta das oito horas, a banda tinha que passar o som antes, ajustar todos os detalhes, a gravação era muito detalhada, nada podia dar errado. Foi muito legal estar com eles lá na famosa e cultuada rádio KEXP. Foi nesse dia que conheci pela primeira vez o DJ Chilly, que viria se tornar um irmão e parceiro no decorrer dos anos e até hoje. Abaixo seguem algumas fotos desse dia histórico para todos nós.

Frames da apresentação da banda na KEXP, a clássica foto da banda com o DJ Chilly (apresentador do programa) e Eu e o Edu Praça, brincando com a claquete.
apresentação do Quarto Negro na KEXP, na íntegra.

Ainda deu tempo de conhecer e conversar com o também ícônico DJ Kevin Cole, um dos principais apresentadores e diretor de conteúdo da rádio de Seattle. Ele foi muito gentil e ficamos cerca de 40 minutos conversando sobre música brasileira, e rock de maneira em geral. Muito interessante ver o quanto os norte-americanos se interessam pelo Brasil e por nossa música. A banda Quarto Negro realizou sua primeira apresentação na cidade de Seattle, num venue clássico, o Neptune Theatre (lugar onde o Nirvana, Melvins, Pearl Jam e tantos outros nomes já haviam tocado). Não haviam palavras para descrever aquela primeira noite realizando um show nos Estados Unidos, num palco tão sagrado. Como eles estavam abrindo a turnê de lançamento do disco de uma banda quase local, The Helio Sequence (na verdade eles são de Portland, mas a gravadora deles é a Sub Pop, de Seattle), a casa estava absurdamente lotada e haviam muitas pessoas influentes da cena rock de Seattle vendo o show, e também alguns representantes da gravadora Sub Pop.

Eu e o DJ Kevin Cole (à esquerda) e a banda Quarto Negro fazendo fotos promocionais para a KEXP, ao lado da rádio.

Voltamos para Portland no dia seguinte, e realizamos um show absurdo e completamente sold out no Rontoms, um venue que abre somente aos domingos e recebe as principais bandas alternativas da cidade para shows especiais. No dia seguinte iríamos pegar a estrada rumo à Califórnia para dar início à parte californiana da turnê. A nossa Van quebrou na estrada antes de saírmos do Oregon, e acabamos perdendo o primeiro show na Califórnia, que seria em Sacramento. Só nos juntamos à trupe de novo um dia depois, já na cidade de San Francisco.

12 de Julho, show lotado em Portland, no Commons. E no dia seguinte, a Van quebrou na estrada enquanto íamos para Sacramento, CA.

O show em San Francisco aconteceu no dia 14 de julho, no histórico venue The Independent, onde já haviam tocado artistas como o Sonic Youth, The Flaming Lips, Ween, My Bloody Valentine, Mercury Rev, Beastie Boys, entre inúmeros outros ilustres nomes do indie mundial. O show em San Francisco foi perfeito, o público estava sedento por novidades. A Quarto Negro foi a primeira banda a se apresentar, o que era sempre maravilhoso, pois podíamos beber todas no camarim, depois do show. A segunda banda a se apresentar foi a Wild Ones. E fechando a noite, os anfitriões e donos da turnê: The Helio Sequence.

Quarto Negro no palco e o anúncio do show no clássico The Independent San Francisco. Na foto seguinte: Café da Manhã no In-N-Out com meu brodá Lucas Villela, antes de chegar em Los Angeles.

No dia seguinte, fomos para Los Angeles, onde show aconteceria em outro lugar histórico e famoso, o The Roxy Theatre (que fica na Sunset Strip e recebe shows desde 1973). Nesse venue já se apresentaram artistas ícônicos como Bob Marley, Bruce Springsteen, Guns N' Roses etc. O bar era um ponto de encontro regular para John Lennon, Harry Nilsson, Alice Cooper e Keith Moon durante o ”lost weekend” de Lennon em 1973–74 e recebia muitas festas organizadas por Heidi Fleiss na década de 1980. Para um show tão especial, eu precisava de um trato na careca, hahahahaha, e o guitarrista Lucas Villela registrou o momento em que o tecladista da Quarto Negro, Thiago Klein, fez uma rapa no que restava do meu cabelo no camarim do Roxy.

Bruno Montalvão dando um tapa no visu porque hoje o role é no The Roxy Theater em LA. — com Thiago Klein e Carlo Bruno Montalvão em The Roxy Theatre. Em 15/julho/2015.
15 de Julho, show do Quarto Negro no The Roxy Theater em Los Alenges.

No dia seguinte, 16 de julho, cruzamos o deserto de Joshua Tree à caminho de Phoenix, no Arizona, para o show que realizaríamos no famoso venue The Crescent Ballroom. A estrada é uma das mais lindas pelas quais já viajei na vida, e o clima ia mudando drasticamente à medida que você fosse chegando no Arizona, passamos por parques nacionais imensos e desertos grandiosos, até chegar na absurdamente quente cidade de Phoenix, conhecida também como Vale do Sol. Isso quer dizer algo bem simples, lá o sol é absurdamente quente e no dia do show, por volta de meia-noite, a temperatura marcava absurdos 37º graus Celsius. Nunca estive numa cidade tão quente, fez Cuiabá e Aracaju parecerem balneários mediterrâneos perto dela. O show da Quarto Negro no Crescent Ballroom foi lindo, a casa já estava bem cheia quando eles tocaram. Era maravilhoso e muito gratificante fazer uma turnê dessas, abrindo para uma banda tão sensacional como a The Helio Sequence, todos os dias com shows lotados e em lugares clássicos, históricos mesmo. Foi de longe e disparado a melhor turnê que já realizamos na vida, tudo era perfeito.

Quarto Negro no palco, abrindo o show do The Helio Sequence, que viria logo depois.
No dia 16 de Julho, o show foi em Phoenix, Arizona, no incrível The Crescent Ballroom. Sempre curti cuidar da lojinha e deixar ela linda pro cliente.
Pegando um sol (não tinah como fugir dele) no hotel em Phoenix, no dia anterior ao show, antes de viajar para San Diego.

O show em San Diego foi numa sexta-feira, dia 17 de julho, e o venue do show também era um clássico da cidade, no palco do The Casbah, no mesmo mês em que tocamos passariam ainda Jacco Gardner, Son Lux, Trans AM, Jaz Coleman (Morphine), Melt Banana, entre inúmeros outros artistas. Mais uma vez, a Quarto Negro abriu os trabalhos para a The Helio Sequence, pois a banda Wild Ones havia voltado para Portland desde o show em LA. Sendo que, de agora em diante seriam apenas o The Helio Sequence, com os shows de abertura da Quarto Negro.

detalhe do poster do mês com todas as atrações que passariam pelo Casbah (nosso show foi 17 de julho).

De San Diego, viajamos direto para Visalia, uma cidadezinha que ficava no interior da California, bem perto de Fresno. Cruzamos muitas cidades do interior da California no percusso, o que foi muito legal, para poder conhecer um pouco mais das estradas e cidades californianas. O show em Visalia foi o último da turnê e um dos mais legais, o público mesclava entre jovens e pessoas mais adultas. Os shows foram muitos bons, de ambas as bandas, a casa estava lotada mais uma vez e o público de Visalia era muito atencioso e prestou bastante atenção nos shows de Quarto Negro e The Helio Sequence. Lembro que, durante a passagem de som da Quarto Negro, fiz uma reunião com o Brandon Summers (vocalista e guitarrista da The Helio Sequence), e foi nesse momento que falamos sobre meu desejo de realizar uma turnê com eles no Brasil, o que viríamos concretizar em 2016, também em parceria com a Balaclava Records, no que seria um dos nossos últimos shows juntos.

Edu Praça (Quarto Negro) na porta do show de tarde, e no palco na hora do show // ao lado: eu na porta da Velouria Records.

Depois do show em Visalia, saímos juntos para finalmente confraternizar, como a turnê era longa e sequencial, com shows diários, não havia tempo para isso quase nunca e foi só no último show, na última cidade, que sentamos todos juntos numa mesa de bar para beber algumas cervejas e comemorar o sucesso daqueles 12 dias juntos, viajando pela Costa Oeste norte-americana. Foi lindo, foi marcante, guardo na memória até hoje aquela noite. Eles nos deram uma cartinha de presente, como agradecimento pelos shows e pela turnê, eles foram sempre muito fofos e atenciosos, principalmente a minha nova amiga Barbie Wu, esposa do baterista Benjamin Weikel.

com Brandon Summers, Barbie Wu, Alejandro Iragorri e Benjamin Weikel (The Helio Sequence)
As fofuras que a The Helio Sequence nos deram de presente, nossa querida amiga Barbie Wu e a cartinha de despedida e agradecimento deles, pela turnê.

De volta ao Brasil, começamos a organizar a turnê do Mac DeMarco, que aconteceria em Novembro, mas antes disso, veio o show mais histórico da minha vida, por motivos óbvios de emotividade indie. O show de celebração pelos 25 Anos do PIN UPS era para ser o show de despedida deles, mas acabou sendo o show da volta triunfal deles, numa choperia do SESC Pompeia super lotada de fãs do anos 90 e de agora. Foi tão lindo que a Alê Brigantti uma hora falou: "Onde vocês todos estavam nos anos 90? Tá tão lindo isso aqui, que acho que não vamos acabar a banda mais não!". Não há como esquecer aquela noite. Por diversos motivos: o primeiro deles, porque estava realizando o show da banda que eu mais amava no indie brasileiro dos anos 90, o segundo porque finalmente eu estava vendo o meu ídolo Zé Antonio Algodoal tocar de perto (no show deles que fiz em Aracaju, em 1998, o Zé havia quebrado o dedo e quem foi tocar no lugar dele foi o Rafael Crespo, do Planet Hemp), e por último porque estava fazendo um show ao lado de amigos queridos como Rodrigo Lariú (do selo Midsummer Madness), o baterista Flavio Cavichiolli, o guitarrista Adriano Cintra (ex- Cansei de Ser Sexy, Madrid) e os já citados Alê Brigantti e Zé Antonio, além de convidados como Mario Bros, do WRY.

com Alê Brigantti e Zé Antonio Algodoal, no SESC Pompeia. E depois do show, no after com Spencer, Marcelo Collares (The Cigarettes) e Raul Machado.

Depois do show do Pin Ups, foi a vez de receber novamente nosso querido amigo Mac DeMarco, que viria para sua segunda turnê pelo Brasil, dessa vez com o dobro de shows em relação à primeira tour que realizamos, em 2014.

Reunião pré-show para alinhar os detalhes da turnê, com Dotta, Farah e Peniche.

O primeiro show da turnê seria em Belém do Pará, no maravilhoso festival Se Rasgum. Eu viajei antes, junto com meu amigo André Peniche, que foi ser meu assistente nesse show e fotografar a banda. Eles amaram Belém de um jeito que não dá para explicar, fomos na Ilha do Combu comer peixe na brasa, tomamos banho de rio, passeamos de barco, brincamos com aves e aranhas selvagens. O show em Belém foi absurdo, estava lotado e os fãs entoavam as canções do DeMarco a plenos pulmões. O carinho estava intenso no ar, era forte, no final do show formou-se uma fila de fãs no camarim para tirar fotos com o ídolo, dar presentes para ele, foi um momento muito legal.

Eu e Peniche almoçando em Belém, antes da banda chegar (esquerda). Eu com a banda toda no hotel (centro). Presentes para DeMarco (direita)

Depois de Belém, foi a vez do histórico show no Balaclava Fest 2. Foi ali que a magia aconteceu e o Mac DeMarco ficou famoso no Brasil, da noite pro dia. O Audio estava completamente lotado, os ingressos estavam todos vendidos, o público estava sedento para revê-lo, depois da primeira passagem pelo Brasil. A noite foi quente, absurdamente divertida e o show foi irretocável, com o Mac totalmente insano e inspirado, com direito a mosh do mezzanino direto na platéia.

Despedida do Mac DeMarco

Um dia depois de finalizar a turnê do Mac DeMarco, viajei com a The Baggios para o México, para realizar a primeira turnê internacional deles, que teve 07 apresentações, sendo 06 na cidade do México e uma em Puebla. Na Cidade do México, eles realizaram um show belíssimo no Festival Latinoamerica 360º, dividindo o palco com artistas clássicos do México como Rebel Cats e Mon Laferte. O show aconteceu num Foro Indie Rocks completamente lotado, confesso que ficamos surpresos com a receptividade do público mexicano, que no final do show da The Baggios gritava insistentemente: "Otra rôla, otra rôla!" — lembro que eu perguntei a alguém no backstage o que significava, e me disseram que era "outra música", então peguei o Julio Andrade pelo braço e disse: "volta pro palco Julico, eles tão pedindo "otra rôla"… vai que é tua!", ele sorriu assustado e surpreso e disse: "como assim??? Otra rôla?". É "outra música", eu disse, "volta lá e toca mais uma!"… e ele voltou, sorrindo e feliz e foi tocar "otra rôla" para a galera do México. A banda estava consagrada em seu primeiro show em terras mexicanas.

Passeio pela clássica Praça do Zócalo, no Centro da Cidade do México.

A The Baggios ainda se apresentou numa feira de rock que acontecia no meio da rua, e era super famosa e conhecida, chamada EL CHOPO. E o show foi absurdo, estava muito calor no dia e as ruas estavam lotadas de pessoas para vê-los, mais uma vez o público gritou: "otra rôla! otra rôla!". Caíamos na risada toda hora, “otra rôla" tinha virado um clássico já.

Show do The Baggios em EL CHOPO, na Cidade do México.

Nos dois dias seguintes a esse show, eles foram para a casa do pessoal da banda Los Daniels, super famosa no México, para gravar um featuring com eles, que permanece inédito até hoje, talvez eles lançem essa música em algum momento.

The Baggios na porta da casa onde morou Frida Kahlo.
The Baggios com Mon Laferte na porta do Museu de Frida Kahlo. E Eu dentro do Museu, passeando pelo jardim de Frida.
No Topo da Pirâmide do Sol, em Teotihuacan, México.
saudação ao Deus Sol.

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