BRAIN: 2017, SXSW, Treefort, tours Canadá e Estados Unidos, GRAMMY, Acid Mothers Temple e muito mais.

BRAIN Productions Booking
20 min readMay 23, 2020

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Com The Baggios no Red Carpet do GRAMMY.

O ano de 2017 começou em Janeiro, com a 4º edição do festival Música Cerebral (no CCSP). Em Março, veio a primeira turnê internacional do ano, que aconteceu nos Estados Unidos, passando pelo SXSW (maior conferência de música do mundo), Portland, Seattle e Treefort Music Fest (maior festival do noroeste norte-americano). Shows da Héloa, Luedji Luna, Luana Hansen no "Jardim Secreto, Elas Fazem" e palestra sobre mercado musical no Path Festival. Apresentação da The Baggios no programa Cultura Livre. Show do Lee "Scrath" Perry no Cine Jóia. Mais tours internacionais com The Baggios por Canadá, no incrível festival Pop Montreal. Turnê pelos Estados Unidos, com shows em Pittsburgh, Washington DC e Nova York, onde ficamos sabendo da primeira indicação deles ao Latin GRAMMYs. Gravação e protagonização no videoclipe da The Baggios, em Las Vegas e a festa de celebração do Latin GRAMMYs, na qual a The Baggios foi indicada por seu álbum "Brutown", na categoria de "Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa". Na volta ao Brasil, ainda realizamos duas turnês internacionais com a banda canadense Les Deuxluxes e o Acid Mothers Temple, do Japão. E proporcionamos um projeto especial super especial, que aconteceu no estúdio El Rocha, onde colocamos os artistas RAKTA, M. Takara e Ema Stoned para gravar algumas músicas inéditas com mestre da guitarra Makoto Kawabata (líder, fundador e guitarrista da Acid Mothers Temple), com destaque para Ema Stoned, que gravou sua performance com o mestre e a transformou em um disco, que teve produção executiva da Brain Productions Booking. Fechando o ano, nós ainda participamos de algumas reuniões na Sim São Paulo.

4º edição do Música Cerebral festival, aconteceu no último final de semana de Janeiro, entre os dias 27, 28 e 29 e trouxe para o palco do CCSP (o nosso querido Centro Cultural de São Paulo) artistas como BIKE, Raça, Lumen Craft, FingerFingerrr, BRVNKS e Autoramas. O evento foi realizado pela Brain Productions, reunindo bandas relevantes da cena independente brasileira que se dividiram em 03 dias, sempre com duas apresentações por dia. Confiram como foi a programação por dia:

PRIMEIRO DIA — 27 Janeiro
Sala Adoniran Barbosa:
BRVNKS (GO) e BIKE (SP)

SEGUNDO DIA — 28 Janeiro
Sala Adoniran Barbosa:
Raça (SP) e Lumen Craft (SP)

TERCEIRO DIA — 29 Janeiro
Sala Adoniran Barbosa:
FingerFingerrr (SP) e Autoramas (RJ)

Show do Autoramas no 4º Festival Música Cerebral, realizado no CCSP, em Janeiro 2017.

Em Fevereiro, realizamos mais uma reunião com a cantora Héloa, para dar continuidade aos nossos trabalhos e shows para divulgar o álbum dela "Eu", que estava sendo divulgando na época e em alta rotação na rádio KEXP, a famosa estação de Seattle (US).

Reunião de Trabalho é assim: Café com Héloa e as amigas.

SXSW 2017
A primeira vez a gente nunca esquece! Em Março de 2017 viajamos à convite da BM&A para representar o Brasil no SXSW, que é maior conferência de música do planeta. Nessa época estávamos produzindo a banda paulistana FingerFingerrr, e organizamos toda a viagem deles e a turnê pelos Estados Unidos, que além do SXSW iria passar por Portland, Seattle, Boise City (Idaho) e fecharia com um último show em Portland.

A FingerFingerrr realizou duas apresentações oficiais no SXSW, e mais um show extra que foi organizado em parceria com o renomado produtor Robert Singerman, que trabalhou com diversos artistas consagrados, entre eles uma das bandas que mais amo na vida, o R.E.M. O site Popload noticiou na época sobre os shows da turnê completa dos paulistanos.

no Convention Center em Austin, Texas. Depois um frame do show da FingerFingerrr no SXSW e o público atento e curtindo horrores o punk rock eletrônico deles.
Com Boogarins no Convention Center no SXSW (esquerda), e com o Alex Bleeker, baixista do Real Estate antes do show deles no SXSW (direita).

Durante o SXSW 2017 pude assistir alguns shows incríveis de artistas como: 13th Floor Elevators (um dos últimos shows com o Roky Erickson vivo), Real Estate, Boogarins, Khruangbin, Sleigh Bells, Spoon, Chicano Batman, The Black Angels, Holy Wave etc. Sobre o show do Roky Erickson e sua banda 13th Floor Elevators, escrevi num post da época assim: "Não sei quando vou superar o fato de ter visto o show do ROKY ERICKSON a um palmo de distância… foi algo que, sei lá, vai ficar gravado em minha retina, peito e alma para Sempre… Obrigado Universo, por deixar ele vivo até hoje e por me dar a oportunidade de vê-lo assim, tão face to face…"

Roky Erickson e o 13th Floor Elevators no palco do Scott In, em Austin.

O festival ainda teve shows de Lana Del Rey, Lil Yachty, The Roots, The Avett Brothers, Willie Nelson, Solange Knowles, Rae Sremmurd, Migos, and The Chainsmokers, entre outros.

Uma das noites mais legais que fui no SXSW 2017, foi um show no Mohawk (uma das melhores e mais preferidas casas de show da cidade), onde eu fiz muitos amigos e pude conhecer todo mundo que faz o rolê acontecer lá, numa noite que teve shows de: TEMPLES, POLIÇA, AT THE DRIVE IN e THE BLACK ANGELS. A cereja do bolo foi o convite para ir pro camarim pelo Christian Blade, guitarrista do The Black Angels, depois do show deles e poder beber champanhe com os caras do At The Drive In. Nem nos meus melhores sonhos eu poderia imaginar viver uma noite tão surreal quanto essa!

At The Drive-In (esquerda) e Temples (direita), numa noite especial no Mohwak.

Depois dos shows no SXSW, pegamos um avião direto para Portland, onde rolou um show na incrível The Liquor Store, junto com artistas de Portland, como: Homies, Bryson Cone & No Parents. Nesse dia, ainda pude encontrar com meu amigo Brandon Summers, guitarrista e vocalista da banda The Helio Sequence (com quem havíamos feitos duas tarnes em 2015, pelos Estados Unidos e 2016, pelo Brasil). Ele foi ao show para me encontrar, mas antes nós jantamos e conversamos sobre muitas coisas legais. Amo Brandon e a banda dele é uma das minhas preferidas.

No dia seguinte ao show em Portland, nós alugamos um carro e pegamos estrada em direção à Seattle, onde a FingerFingerrr faria um show no Lo-Fi Seattle, e tenho uma história muito louca desse dia, porque havia ganhado um cookie de maconha (muito forte, não botei fé, mas era muito forte mesmo!) e viajei comendo alguns pedacinhos. O resultado foi catastrófico! Quando nós chegamos em Seattle, bateu um lombra tão forte que só consegui trampar na passagem de som, mas não consegui ficar para o show e fui dormir no dentro porta-malas do carro. Os caras me odeiam até por conta disso!! Hahahahaha, acho que nunca pedi desculpas por isso, acho que não vou pedir!

Jantando com Brandon Summers, do The Helio Sequence, em Portland.

Treefort Music Fest 2017
A primeira vez que fomos para Boise City foi mágica, mas antes de chegarmos lá passamos por alguns contratempos engraçados na estrada. Um pouco antes de sairmos do Estado de Washington, paramos nas montanhas Snoqualmie, para comer um pouco e relexar vendo a neve. O fato é que nos entretemos com a neve e esquecemos de abastecer o tanque do carro. O que seria um erro fatal. Pois quando entramos no Estado do Idaho, a gasolina acabou e ficamos parados na estrada por mais de uma hora e meia, até podermos achar um posto de gasolina no meio da estrada, reabastecer o carro e seguir a viagem. E como já estávamos atrasados para o soundcheck, começamos a correr, o que foi o segundo erro, pois a Polícia apareceu do nada (deviam estar escondidos atrás de algum arbusto gigante ou outdoor, como fazem nos filmes) e seguiu a gente e mandou o carro parar. Nós tínhamos uma pequena, infíma mesmo, quantidade de maconha guardada em potinhos para usar depois do show no festival, mas no Idaho é proibido! Mas eles não nos pararam por conta disso, foi por causa do excesso de velocidade, mas isso atrapalhou um pouco porque não é permitido o porte de drogas no Estado. Resultado? O policial chamou mais duas viaturas pelo rádio, uma delas veio com cão farejador. Nem precisa dizer que ficamos horas parados na estrada e acabaríamos perdendo o nosso primeiro show no Treefort. São contratempos que acontecem na estrada, depois de muito tempo e de lerem os nossos direitos (nós íamos ser presos), a polícia nos liberou porque viu que éramos do Brasil e estávamos indo tocar no festival. Quando chegamos na cidade e contamos a estória para o curador do Treefort e hoje meu amigo, Eric Gilbert, ele ficou surpreso e riu, nos dizendo: "Ninguém nunca foi solto pela polícia desde 1978 depois deles descobrirem drogas!". Bom, acho que demos sorte por ser pouquíssima droga e por sermos gente boa e não termos mentido. Ficou para história, e com isso acabamos ganhando mais dois shows extra e a banda ainda deu entrevista na TV local e ficou famosa. Hilário, não dosse o sufoco e o medo de ser preso nos Estados Unidos. Enfim, vida que segue, experiências que acumulamos para não errar mais no futuro.

Foto nas montanhas Snoqualmie, pouco antes da gasolina acabar e sermos parados pela Polícia. E a banda dando entrevista para a Fox News.

Já em Boise, acabamos conhecendo o pessoal super legal da Byrdhouse, um coletivo de artistas e trabalhadores da música da cena local, que além de realizar shows secretos na sala da casa deles, ainda nos hospedou durante os 03 dias que ficamos na cidade. Até hoje sou amigo da Jordan, da Mike, e do casal Derek e Jocelin. Na noite em que perdemos o show no The Olympic, eles acabaram nos convidando para ir para a casa deles e tocar lá, o que foi muito legal porque nesse dia pude conhecer o pessoal da banda Mascaras, de Portland, o super querido Papi Fimbres (batera) e o Theo Craig (baixista, vocalista), de quem também sou amigo até hoje.

na frente da Byrdhouse com os amigos Jordan, Derek, Jocelin e a Mike. E um frame da porta do The Olympic, clássico venue de Boise City (Idaho).

O Mac DeMarco iria tocar à noite, e os caras do FingerFingerrr queriam ir ao show para conhecer ele e a banda. Era minha forma de me redimir por ter dormido no show de Seattle. Durante a tarde a FingerFingerrr foi na rádio Boise tirar umas fotos exclusivas e dar entrevista. De noite fomos ver alguns shows e depois fomos para o El Korah Shriners, onde o Mac iria se apresentar. Chegamos e havia uma fila absurda para entrar. Assustados com o tamanho da fila, resolvemos arriscar caminhar até os fundos do venue e para minha surpresa, os caras estavam do lado de fora fumando um cigarro… logo de cara vi o Jon Lent e o Mac e fui falar com eles. Foi engraçado porque eu não tinha avisado que estaria no Festival e quando eles me viram falaram: "Que porra você está fazendo aqui, Bruno?". Nós rimos, nos abraçamos, brrincamos uns com os outros e apresentei os caras da FingerFingerrr e a Jordan para eles. Mac me perguntou quantas pessoas precisavam de credencia para entrar e eu falei que éramos em 5, porque a Jordan estava com um amigo (ou namorado), até hoje eu não sei, o fato é que estramos pro backstage e ficamos lá curtindo com eles. Nesse dia conheci os caras do The Growlers, o Alex Cameron e o guitarrista Steve Marion, mais conhecido como Delicate Steve.

no Backstage do Treefort Music Fest, com Mac DeMarco e sua banda, antes do show no El Korah Shriners.

O show do DeMarco foi super divertido, haviam muitos adolescentes e até mesmo crianças, algumas sentadas no palco, enquanto ele tocava todos os seus hits e enchia a sala de alegria juvenil. Fechou o show dando um mosh na galera, enquanto a banda improvisava uma jam no palco. Depois do show, nós fomos caminhando até o The Modern Hotel, onde rolou um stand up comedy improvisado até às 4h da manhã com Mac DeMarco, Joe Santarpia, os caras da The Growlers, o Alex Cameron e seu saxofonista Roy e o guitarrista Steve Marion. Foi altamente divertido, apesar do frio absurdo que fazia, tínhamos algumas garrafas de bourbon para ajudar a aquecer o corpo. E o Joe viu e me arrumou um lençol, o que ajudou bastante, pois não sou acostumado com aquele frio absurdo das montanhas.

nessa foto ( da esquerda para a direita): Andy (guitarrista do Mac DeMarco), Roy (toca com o Alex Cameron), Flavio Juliano (FingerFingerrr), Jordan Paige (Radio Boise KRBX 89.9 FM), Ricardo Cifas Fernandes (FingerFingerrr) e o quinto elemento, esqueci o nome… hahahahaha (ps.: tirei a foto, :p )
As paredes dos banheiros dos venues em Boise City eram cheias de posters com as programações dos shows que estavam rolando a cada dia.
Reptaliens no Treefort Music Fest 2017

Quando voltamos da turnê pelos Estados Unidos, no mês de Maio, realizamos a curadoria de um projeto super especial para as meninas do Jardim Secreto, que se intitulava "Jardim Secreto, Elas Fazem". Totalmente protagonizado por mulheres, a curadoria ficou à cargo da Brain Productions Booking que convidou nomes em ascenção na cena musical da época, como Luedji Luna, Héloa, Luana Hansen (feat. MamaLion), DJ Lorena Green etc. O evento rolou nuns containers que ficavam no bairro do Butantã, e teve patrocínio da marca Cravo & Canela, e produção executiva da Press Pass.

Show de Héloa no projeto "Jardim Secreto, Elas Fazem", o evento teve curadoria da Brain Productions Booking.

Ao mesmo tempo em que realizávamos o "Elas Fazem", saímos voando para o Centro Cultural Rio Verde, onde participamos de uma palestra sobre "como colocar o Artista no Palco", com dicas e macetes para produção artística, dessa mesa também participaram a produtora Verônica Pessoa e o produtor Gabriel Ramos (Sofar Sounds). Foi bem legal poder dividir uma mesa com duas pessoas que tanto admiro e que são colegas de trabalho da maior competência e com anos de experiência no mercado.

Ainda me Maio, a The Baggios se apresentou no programa Cultura Livre, que é apresentado por Roberta Martinelli e apresenta o que há de melhor na música brasileira atual. A The Baggios fez um set totalmente baseado no novo álbum "Brutown", mas também tocou algumas músicas de seus outros álbuns.

Em Setembro, ajudamos a produzir o show do cantor e produtor jamaicano e lenda-viva do dub reggae. O show foi organizado pelo meu amigo e parceiro desde 2007, o argentino Alejandro Ban, da Ban Bang! Produciones. Conheci o Ale Ban em Buenos Aires, quando participei da primeira e incrível BAFIM (Feira Internacional de Música de Buenos Aires), ele era empresário da banda Los Alamos, que acabei trazendo para a Virada Cultural no ano de 2012.

No camarim com o Lee "Scratch" Perry, show realizado pelo meu parceiro Ale Ban.

Tour Canadá — Setembro 2017
Nosso vôo para o Canadá iria passar por Miami, para fazer uma escala e trocar de aeronave, mas um furacão atrasou tudo e tivemos que pegar outro vôo, que passaria pelo Chile e depois México, para só chegar em Montreal no dia seguinte. Ficamos 09 horas no aeroporto de Santiago, Chile. Depois mais 05 horas na Cidade do México e só depois embarcamos para o Canadá, Foi uma saga eterna e quando chegamos no Canadá ainda tivemos que fazer Alfândega e os trâmites de apresentar documentação e afins.

Esquerda: no aeroporto em Santiago, Chile. // Centro: na porta do Teatro Rialto, antes do show da The Baggios // esquerda: show da The baggios no Pop Quarters.

Os shows da The Baggios no Pop Montreal foram todos excelentes, a banda se apresentou 04 vezes. Um no Teatro Rialto (o show mais importante), mas também no Barfly, no Pop Quarters (durante o dia) e um show extra no club Quais Des Brumes. Ainda tive tempo de encontrar os queridos Etienne e Anna, da banda Les Deuxluxes, com quem ainda iríamos realizar turnê brasileira no final do ano.

Esquerda: saíndo do soundcheck, no Barfly. // Centro: DayOff com Leonardo Cohen. Direita: Eu os queridos da Les Deuluxes, Anna e Etienne.

Durante o Pop Montreal realizamos diversas reuniões importantes, todas as tardes nos dedicávamos a conectar com produtores de diversas partes do mundo e do Canadá. Encontramos com Alfonso Muriedas, curador do festival NRMAL, do México. Almoçamos com a produtora do Pop Montreal, a minha querida amiga Aïsha Vertus. Tomamos um brunch com o produtor John Weiss (Indie Montreal), durante o seu showcase, além de muitas outras reuniões e conexões como com: Ouss Laghzaoui (Heavy Trip), Peter Edwards (Indica Records), Gourmet Délice (Bonsound), entre outros.

Reuniões com Alfonso Muriedas (NRMAL, México), Aïsha Vertus (Pop Montreal) e John Weiss (Indie Montreal).

Vi muitos shows foda no Pop Montreal, como o Ty Segall, Weyes Blood, Elephant Stone, Anemone, Thee Oh Sees, William Basinksi, Jay Som, Lido Pimienta, Chocolat, LA Foster, Mount Eerie, mas um dos que mais curti foi o da Vangabon, na Church of Saint John the Evangelist.

Show da Vagabon, na Church of Saint John the Evangelist, durante o Pop Montreal.
Show da Vagabon, na Church of Saint John the Evangelist, durante o Pop Montreal.

Tour Estados Unidos / Setembro 2017
Um dia após acabar o Pop Montreal, pegamos um avião de Montreal para Toronto e de lá para Washington DC, onde a The Baggios realizou um show no clássico venue The Black Cat. Apesar do cansaço da viagem e de horas sem dormir o show foi muito bom e tinha um bom público presente para vê-los. No dia seguinte, pegamos estrada para Pittsburgh, onde a banda iria realizar o segundo show da turnê pelos Estados Unidos. O lugar do show era muito legal e na rua dele havia uma excelente loja de discos, onde comprei algumas pérolas que tenho até hoje, por um preço super em conta.

Na porta da casa do Derek January, em Pittsburgh e depois na estrada, quando paramos para tomar um café da manhã.
Em Randyland e antes do show em Pittsburgh, com o Mr. Randy (artista plástico dono de Randyland)
Um brinde de café da manhã, estávamos brindando à vida, logo depois saberíamos da indicação ao GRAMMY.
Antes de viajar de Washington DC para Nova York.

Quando chegamos em Nova York, fomos deixar as nossas coisas nas casa onde iríamos ficar hospedados e nos atrasamos para o show do Mac DeMarco no Radio City Hall. Eu tinha colocado todos os nossos nomes na lista do camarim e a casa estava lotada, era sold out! Como chegamos atrasados, acabamos não conseguindo entrar para o show e só deu para tirar uma foto da entrada do Radio City. No dia seguinte ele ainda faria outro show, no Bowery Ballroom.

Liguei pro Joe Santarpia e garanti nossos nomes outra vez na lista VIP do show, mas quando cheguei no Bowery Ballroom só deram passe pro camarim para mim, e os caras da The Baggios ficaram na platéia. Encontrei a Sarah Hopkins, que trabalha com a Michelle Cable, na Panache Booking. Foi bem divertido, fui pro camarim interagir com os caras e beber umas brejas e uísque deles. O show do Mac nesse dia foi maravilhoso, acho que porque ele estava muito feliz por ter lotado o Radio City. Ele ainda posou para uma foto com a camiseta do ABC Love, banda que eu estava agenciando na época.

um trecho de "Ode To Viceroy", com a galera cantando na vibe legalzinha.
Mac DeMarco no Bowery Ballroom, em Nova York.
Eu com os caras da The Baggios depois do show no Bowery Ballroom, e no dia seguinte no Happy Hour com os amigos em Williamsburgh, NYC.

Tínhamos um dia de day off em Nova York e aproveitamos para dar um belo passeio pela cidade, com destaque para o rolê que dei pelas lojhas de discos no Brooklyn e um passeio noturno que fizemos no Times Square.

Com Julio Andrade, da The Baggios, passeando por Times Square num dia de dayoff.

No dia seguinte, realizamos o primeiro show deles em Nova York, que aconteceu no Knitting Factory, esse show teve a presença ilustre do meu amigo João Felipe Severo, da Uhuu! Management e que também trabalha no Summerstage NYC Festival.

The Baggios com João Felipe Severo, da Uhuu! Management na porta do Knitting Factory.

Na manhã do outro dia, realizei algumas reuniões com o meu amigo Julian Duque, que na época era vice presidente para música latina na The Orchard, e depois com o manager Joan Guardià, da La Castanya (selo e produtora de Barcelona). Além deles, ainda fui encontrar o Delicate Steve e fizemos uma reunião para definir a vinda dele para o Brasil, isso ainda não aconteceu, mas está nos meus planos ainda trazer ele para tocar por aqui.

esquerda: com Julian Duque / centro: com Delicate Steve / direita: com Joan Guardià

LAS VEGAS / Festa do Grammy e Gravação de Videoclipe
Viajamos para Las Vegas apenas uma mês depois de voltar da turnê pelos Estados Unidos, e foi muito legal poder ir aos Estados Unidos três vezes no mesmo ano e sempre à trabalho. Voltar com a The Baggios então e para a festa de premiação do Latin GRAMMYs era algo que estávamos encarando como a cereja do bolo de um ano incrível que começou com os inúmeros shows da turnê do álbum "Brutown", que já havia passado por todo o Brasil e também Canadá e Estados Unidos, e "finalizava" com essa volta aos Estados Unidos, direto para o tapete vermelho em Las Vegas.

Muita alegria na Festa de Premiação do GRAMMY.
Melhor coisa do mundo é trabalhar com Artistas que apostam e acreditam em você: OBRIGADO The Baggios, por tanto amor e cumplicidade!

Foi incrível estar no tapete vermelho do GRAMMY pela primeira vez, ao lado de estrelas da música latina de todo o mundo, estive lado a lado com a musa Shakira e também com o Ronaldinho Gaúcho, que estava lá figurando no meio das estrelas da música.

Dançando e gravando clipe com a The Baggios em Las Vegas, antes da festa do GRAMMYs.

Durante a passagem da The Baggios por Las Vegas, para a celebração e festa de entrega do Latin GRAMMYs 2017, na qual a The Baggios foi indicada por seu álbum “Brutown”, na categoria de “Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa”, nós gravamos um videoclipe pelas ruas e Casinos de Las Vegas. Sem nenhuma autorização, totalmente escondidos e fugindo das vistas da polícia, fingimos que eu era um turista dançando e interagindo com a cidade enquanto o Julio Andrade filmava tudo com uma handcam Super 8. Indo de uma Casino a outro, cruzando passarelas, escadas rolantes, com cenas no Red Canyon, na placa de Las Vegas e até durante a festa de celebração do Latin GRAMMYs, nós conseguimos gravar um clipe completo e totalmente rodado na cidade do pecado durante uma tarde e uma noite, clandestinamente, estilo DIY total! O incrível resultado desse clipe totalmente handmade, vocês podem ver abaixo:

Desapracatado foi totalmente rodado em Las Vegas, numa tarde e durante a festa do GRAMMYs.

Apenas 02 dias depois do Grammy, a The Baggios já estava se apresentando no palco do Sesc Belenzinho, em 19 de novembro, em mais show do álbum "Brutown". Foi muito legal, com o Teatro completamente lotado e cheio de amigos especiais na platéia.

Turminha boa reunida depois do show da The Baggios: André Alagbe, Chialin Chiang, Héloa, Natália Matos e Mariana.

Alguns dias depois, a banda embarcou para o Rio de Janeiro, à convite do YouTube para gravar uma session belíssima no Youtube Music Sessions, e o resultado dessa session foi maravilhoso, como vocês podem conferir no YouTube.

The Baggios no YouTube Studios, no Rio de Janeiro.
The Baggios interpretando "Medo" no YouTube Sessions.

Novembro 2017: Tours Les Deuxluxes

Em Novembro, realizamo enfim a turnê da banda canadense Les Deuxluxes pelo Brasil, com shows em São Paulo (Sesc Belenzinho), Rio de Janeiro (Audio Rebel), Curitiba (92 Graus), além de outras cidades. Eles são uma banda excelente ao vivo, e sua formação lembra muito o The White Stripes, só que ao contrário, nesse caso a Anna Frances toca guitarra e canta, e o Etienne Barry toca bateria, guitarras e canta também.

Com Les Deuxluxes e nossa assessora de Imprensa Letícia Tiê, na porta do 92 Graus, em Curitiba.

Dezembro 2017 — Acid Mothers Temple

Em Dezembro foi a vez de realizar a turnê da clássica e seminal banda de rock psicodélico e noise Acid Mothers Temple, do Japão. Não podia acreditar que estava ao lado do meu ídolo e grande mestre do noise psicodélico em todos os tempos, o guru da guitarra, Makoto Kawabata. Muito menos que poderia realizar um projeto tão maravilhoso com ele. Além dos 02 shows que fizemos em São Paulo, ambos super lotados e com ingressos esgotados, ainda pude realizar um projeto inédito, que envolvia a gravação dele (e de suas guitarras poderosas) com artistas como M. Takara, RAKTA e Ema Stoned. A sessão de gravação aconteceu durante uma tarde e começo da noite de um dia de dayoff da banda, levei ele para o estúdio El Rocha e cada Artista teve um set de três horas para gravar o que quisesse com o mestre. A banda Ema Stoned foi bem esperta, e aproveitou a sessão para gravar um disco inteiro com ele, que ainda teve participação do músico Douglas Leal, do Deaf Kids.

Indo para a gravação no El Rocha com o Makoto Kawabata, e almoçando com o Acid Mothers Temple e Fabio Golfetti.
Acid Motehrs Temple no Sesc Belenzinho lotado (foto: Fernando Yokota)

O show deles no Sesc Belenzinho foi a coisa mais avassaladora que já pude presenciar e promover na vida, deu um orgulho danado ter organizado esse show e trazido eles para o Brasil. A comedoria do SESC Belenzinho estava lotada e quando o show começou, com um acorde altamente destrutivo que saiu da guitarra de Makoto Kawabata como um raio, e foi seguido pela sua banda, que mais parecia um trem descendo um montanha, eu quase melei as calças de tanto prazer. Eles estavam fazendo um barulho ensurdecedor e muito melódico, totalmente magistral, irretocável. Fiquei abismado porque o pessoal do Sesc não me pediu em nenhum momento para baixar o volume do som. Os fãs estavam em polvorosa, tinha gente gravando o show, eu mesmo tenho áudio completo daquele dia registrado no meu soundcloud (clique e ouça). O Jornalista e querido amigo Alexandre Matias, do Trabalho Sujo fez a gentileza de registrar o show completo, confiram abaixo:

Acid Mothers Temple no Sesc Belenzinho, em video gravado pelo Alexandre Matias

O último show deles foi no Centro Cultural Cecília, nunca tinha visto aquele lugar tão lotado na vida, achei que as paredes fossem explodir tamanha a vibração do local quando a banda começou a tocar. Makoto Kawabata, mais uma vez, mostrou porque é considerado um dos maiores gurus da guitarra psicodélica no planeta Terra. Aliás, seria mestre Kawabata um ser desse mundo?

Três momentos: Banda posando para foto que tirei deles na rua, antes do show / Foto do público (pic by Flávio Charchar) / e uma foto que tiraram de mim ao lado do Tabata.
Eu, admirando as pernocas do Mitsuru Tabata e o público delirando quando o Makoto Kawabata quebrou a guitarra e entregou os pedaços para os fãs. (fotos: Flávio Charchar)
Fotos da despedida do Acid Mothers Temple, no aeroporto internacional de São Paulo.

Depois dos shows do Acid Mothers Temple ainda deu tempo de encontrar meu amigo Jean Philippe Sauvé, diretor da SODEC, o escritório de exportação de artistas de Quebéc, Montreal. Ele me apresentou as donas do selo Simone Records e alguns outros produtores da cena canadense que estavam presentes na comitiva daquele ano, tomamos um café da manhã no hotel e traçamos planos para 2018.

Saída do hotel com o querido parceiro Jean Philippe Sauvé, diretor da SODEC (Quebéc, Montreal).

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